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Caderneta Agroecológica – vídeo suplementar ao Guia Metodológico

Dando continuidade ao processo de implementação das Cadernetas Agroecológicas na região semiárida do Brasil, como uma ferramenta de empoderamento das mulheres rurais, o Programa Semear Internacional lança um vídeo que irá apoiar todas as etapas de capacitação para uso desse importante instrumento.

Com tal suporte audiovisual, os atores envolvidos na execução das Cadernetas, sejam gestores, lideranças comunitárias, técnicas ou as próprias agricultoras, poderão ter acesso a uma informação simples, fácil, lúdica e bastante didática. Assim, o vídeo irá apoiar reuniões, seminários, oficinas, intercâmbios e toda a parte pedagógica desse processo, garantindo que as mulheres tenham ainda mais facilidade para utilizarem a Caderneta.

A finalidade da animação, portanto, é a de servir como mais um facilitador na disseminação das Cadernetas entre os projetos apoiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA e demais instituições que também trabalham com a ferramenta.

Sendo ele próprio um passo a passo, tanto da implementação das Cadernetas Agroecológicas quanto da utilização delas, o vídeo serve, ainda, como um fundamental auxílio ao Guia Metodológico, tanto para os projetos que já o utilizam quanto para os que virão a utilizá-lo.

 

HISTÓRICO – A criação e o desenvolvimento da Caderneta Agroecológica

O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata – CTA-ZM, em parceria com o Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas, com o objetivo de mensurar e dar visibilidade ao trabalho das agricultoras agroecológicas, criou o instrumento Caderneta Agroecológica, no ano de 2013, para que as agricultoras passassem a registrar a sua produção. A iniciativa levou em consideração que o ato de anotar a produção não é muito comum na agricultura familiar, menos ainda a produção das mulheres. Ficou também constatado, assim, que o instrumento teria que ser necessariamente simples, no qual a anotação fosse feita de forma rápida.

A partir da interação com o GT Mulheres da ANA , em 2013, a Caderneta foi implementada em outras regiões do Brasil numa parceria com a Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia; a Rede de Mulheres Produtoras do Nordeste e a Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste; o GT Gênero e Agroecologia da Região Sudeste; e o Movimento de Mulheres Camponesas da Região Sul do Brasil, através do Programa de Formação Feminismo e Agroecologia.

Nessa iniciativa, foram sistematizados apenas os dados das Cadernetas de duas microrregiões: a Zona da Mata de Minas Gerais e o Sertão do Pajeú em Pernambuco, revelando uma consistência de dados até então não encontrada em estudos anteriores.

Com a necessidade de análise de dados nacionais, entre 2016 e 2018. foi realizada uma pesquisa em parceria com as redes regionais acima citadas, o GT Mulheres da ANA, a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade Federal Rural de Pernambuco, além do Governo Federal. Ao todo, foram sistematizadas 300 Cadernetas Agroecológicas de 16 estados do Brasil.

Inspirado nos resultados deste processo nacional, o Programa Semear Internacional, em parceria com o CTA/ZM e o GT Mulheres da ANA, propôs, no ano de 2018, o “Projeto de Formação e Disseminação do Uso Consciente das Cadernetas Agroecológicas nos Projetos Apoiados pelo FIDA no Brasil”, com o objetivo de sistematizar a produção das mulheres agricultoras acompanhadas pelos projetos localizados no semiárido brasileiro.

O projeto se desenvolveu a partir de junho de 2019, em parceria com os seguintes projetos: Pró-Semiárido (Bahia) Dom Távora (Sergipe), Paulo Freire (Ceará), Dom Helder Câmara (Alagoas, Ceará e Pernambuco), PROCASE (Paraíba) e Viva o Semiárido (Piauí), em 113 comunidades rurais, onde foram sistematizadas as cadernetas de 879 mulheres angajadas diretamente no processo, além de envolver suas famílias e comunidades, equipe técnica e gestores(as) dos projetos.