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Análise de um ano de uso das Cadernetas Agroecológicas

O presente estudo traz as informações atualizadas com a análise do uso das Cadernetas Agroecológicas referente ao período de setembro de 2019 a setembro de 2020, totalizando 13 meses de anotação. Essa publicação complementa o livro lançado pelo Programa Semear Internacional no ano de 2020 “Cadernetas Agroecológicas e as Mulheres do Semiárido – de Mãos Dadas Fortalecendo a Agroecologia” que apresentou a análise dos seis primeiros meses de utilização das Cadernetas, correspondendo ao período de agosto de 2019 a fevereiro de 2020, quando 879 mulheres rurais do semiárido utilizaram a ferramenta. Essa primeira publicação está dividida por temas, onde de forma mais profunda se refletiu sobre a participação econômica das mulheres na renda mensal familiar; a construção da assistência técnica rural feminista; a divisão sexual do trabalho; e a relação dos quintais produtivos com a segurança alimentar e nutricional.

Apresentada em formato de caderno, a Caderneta Agroecológica tem quatro colunas para organizar as informações sobre a produção das mulheres. Nela, registra-se cotidianamente o que foi vendido, doado, trocado e consumido, a partir de tudo o que é cultivado nos espaços de domínio das mulheres nas unidades produtivas da agricultura familiar e camponesa, desde a produção agropecuária ao artesanato e o beneficiamento. A Caderneta Agroecológica foi criada como um instrumento político-pedagógico de formação das mulheres, a princípio, com o objetivo de “empoderar” as mulheres a partir da visibilidade gerada e da tomada de consciência sobre a importância do trabalho delas próprias, tendo como ponto de partida a percepção destas sobre a importância da sua participação na produção e na renda familiar, contribuindo, dessa forma, para a promoção da autonomia das mulheres. Mas, assim que apareceram os primeiros retornos das anotações, com resultados parciais surpreendentes para as mulheres e para a equipe do projeto, a Caderneta se revelou um eficiente instrumento de monitoramento da produção das mulheres, valorando a produção quase invisível delas para o autoconsumo, a troca, a doação e a venda.