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Projeto Dom Helder Camara, Embrapa e parceiros avaliam resultados da safra do algodão em consórcio agroecológico no Cariri

A Unidade Local de Supervisão do Projeto Dom Helder Camara no território do Cariri-PB realizou, juntamente com as instituições parceiras do projeto “Algodão em Consórcios Agroecológicos”, nesta quinta-feira (21/10), um seminário de avaliação da safra 2010 na região do Cariri paraibano. O evento contou com 182 produtores e técnicos. Na ocasião, foram apresentados os dados da colheita, cenário das chuvas, comunidades que tiveram problemas com pragas, entre outros. Também foram avaliados os processos de cultivo, de certificação e pós-colheita e, ao final do encontro, realizamos a apresentação das estratégias para o próximo ano.

Neste ano, dos 98 cadastrados um total de 22 agricultores plantaram uma área de 18 hectares de algodão consorciado com outras culturas no território do Cariri paraibano. Para este ano teremos uma produção de 3,2 Toneladas de pluma de algodão, para o ano que vem teremos uma adesão de 200 agricultores e esperamos plantar um total de 160ha de consórcios. O analista da Embrapa Algodão e integrante do projeto, Felipe Macedo Guimarães explica que produtores comercializarão a pluma, que corresponde a 38% do algodão, a R$6,00 o quilo, além de aproveitarem o caroço e a produção de forrageira para Alimentação dos animais.

“Apesar das condições climáticas não terem sido muito favoráveis neste ano, a produção do algodão foi boa em comparação com outras culturas. Teve agricultor que chegou a colher 450 quilos”, relata Felipe. Além disso, o algodão é plantado em consórcio com culturas alimentares como o milho, feijão, amendoim, gergelim, melancia e jerimum, usados para o consumo familiar.

Desenvolvido há três anos, o projeto Algodão em Consórcio Agroecológico busca garantir a sustentabilidade da agricultura familiar no semiárido. O projeto trabalha toda a cadeia do algodão, desde como preparar a terra, com equipamentos adequados, até a comercialização. Os produtos passam pelo processo de certificação para que possam ser comercializados no chamado “fair trade”, ou comércio justo, assim, além de manter a sua segurança alimentar, o agricultor melhora a terra em que trabalha e é bonificado com um preço diferenciado, pois o agricultor negocia diretamente com os empresários, excluindo a função do atravessador.

Atualmente, são mais de 500 famílias cadastradas no projeto e a meta é ampliar o número de beneficiados em 2011. A coordenação geral é do Projeto Dom Helder Camara (PDHC) e coordenação técnica da Embrapa Algodão e da ONG Esplar.