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Estratégias foram elaboradas para amenizar a falta de conectividade digital

17/12/2021

Estratégias foram elaboradas para amenizar a falta de conectividade digital que impactou fortemente as famílias rurais durante a pandemia

*matéria publicada originalmente no site da FUNDAPAZ – Fundación para el Desarrollo en Justicia y Paz, no seguinte endereço eletrônico: https://fundapaz.org.ar/noticias/consecuencias-de-la-brecha-digital-en-el-desarrollo-rural/

Muitas áreas rurais refletem as desigualdades que existem quando se trata de ter acesso aos direitos humanos básicos. A maioria das populações com que trabalhamos enfrenta problemas estruturais ligados a limitações no acesso à água potável, obras de infraestrutura relacionadas com a construção de estradas, escolas, centros de saúde; e também inconvenientes na garantia do direito à comunicação, devido à falta de dispositivos e de acesso à conectividade. Esta última dificuldade tornou-se mais evidente no contexto da pandemia da COVID-19, mostrando o grande impacto que isto tem nas famílias e organizações. A fratura digital multiplicou novas lacunas que aprofundaram o isolamento e afetaram o direito à educação e ao trabalho das mulheres, dos homens e dos jovens.

Quando as reuniões territoriais presenciais foram suspensas, a FUNDAPAZ – Fundación para el Desarrollo en Justicia y Paz, parceira do Programa Semear Internacional na Argentina, teve de conceber novas estratégias para melhorar as possibilidades de conectividade e relações virtuais, a fim de continuar com os workshops e reuniões de formação que tinham tido lugar no âmbito dos diferentes projetos provinciais e regionais. Assim, por exemplo, para continuar com o Programa de Estágio do Conhecimento para o Semiárido da América Latina – promovido pela Plataforma do Semiárido, dirigido aos jovens do Chaco Tri-nacional, do Corredor Centro-Americano e do Semiárido Brasileiro – foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Programa Semear Internacional e a FUNDAPAZ, que permitiu a um grupo de oito jovens da Argentina, Bolívia e Paraguai ter ou melhorar a conectividade nas zonas onde vivem através da compra de dispositivos de telefone celular, equipamento de ligação wifi, ou a instalação de antenas para ligações wifi rurais. Isto tornou possível que os jovens aumentassem a sua participação no programa.

Noelia Anrique, por exemplo, que vive em Los Socavones, no norte de Córdoba, é uma das jovens participantes no Programa de Estágio. “Uma vez que temos conectividade no nosso lugar, pude participar em reuniões e formações virtuais, o que reforçou os meus conhecimentos. Além disso, para nos candidatarmos a estágios noutros países, tivemos de fazer um vídeo onde nos apresentamos e descrevemos as nossas atividades no território, todas as quais tivemos de enviar utilizando a Internet. Hoje em dia, a conectividade é essencial para tudo”, disse ela. Este acordo de cooperação técnica exigiu a articulação de diferentes instituições e atores sociais, tais como a Junta Unida de Misiones (JUM), do Chaco; o município local e a Fundação Plurales de Córdoba; a Fundação Hugo do Paraguai; e o CERDET da Bolívia. Em conjunto, foi desenvolvido um plano de trabalho e de implementação de fundos.

Já no âmbito do programa de formação global para jovens “Raíces Chaqueñas”, que é apoiado pelo Church World Service (CWS), e no qual participam jovens da Argentina e da Bolívia, foi providenciado equipamento telefónico e acesso à conectividade para que os jovens pudessem estar virtualmente presentes nas diferentes instâncias de formação e intercâmbio. Néstor Montes, da comunidade Wichí de Lote 8 em Los Blancos, no norte de Salta, explica que na zona rural é difícil obter um sinal estável para se comunicar. “Na escola ou no centro de saúde, o sinal wifi não tem alcance suficiente, e no hospital o sinal tem uma senha que não é compartilhada. Há cerca de 100 famílias que não têm acesso a este serviço, por isso estamos a pensar em instalar uma torre a 20 km para distribuir o sinal. Há aqui cinco jovens que participam do Raíces Chaqueñas e, para se conectarem aos encontros, eles precisam pedir dados móveis”, disse ele.

Outro exemplo é o caso do Projeto “Comunitário Ligado”, coordenado pela UOCB, a Paróquia de Fortín Olmos, o senador do departamento e a Comuna de Fortín Olmos, no norte de Santa Fé. Aí, vários atores articulam esforços e recursos para garantir o acesso à conectividade através da instalação de uma estação de transmissão e recepção de sinais da Internet. O sistema de distribuição de sinal, que tem um alcance de mais de 5 km para ligações domésticas, chegará a 15 utilizadores na primeira fase e beneficiará mais tarde cerca de 50 famílias. Isabel e Miriam Escobedo, e Lara Figueredo, que vivem em Fortín Charrúa, concordam que, com o acesso à Internet, melhoraram o seu tratamento de muitas questões relacionadas com a educação.  “Podemos procurar informações em geral, ajudar as crianças com os seus trabalhos de casa e participar nas aulas virtuais dos cursos que estamos a estudar.

Assim, com estas iniciativas em que várias instituições, organizações e atores sociais locais unem esforços, o objetivo é tornar o direito à comunicação, educação e trabalho uma realidade nas zonas rurais.

Antena instalada na zona rural de Tulumba, na Argentina.

 

Abaixo, texto original em espanhol, conforme publicado em:
https://fundapaz.org.ar/noticias/consecuencias-de-la-brecha-digital-en-el-desarrollo-rural/

En el contexto de la pandemia la falta de conectividad impactó con fuerza en las familias y en la organización social. Algunas estrategias que se pusieron en marcha.

 

Muchas zonas rurales de nuestro país reflejan las desigualdades que existen a la hora de poder acceder a derechos humanos básicos. La mayoría de las poblaciones con las que trabajamos se enfrentan a problemáticas estructurales vinculadas a limitaciones en el acceso al agua segura, a obras de infraestructura relacionadas con la construcción de caminos, escuelas, centros de salud; y también inconvenientes que garantizaran el derecho a la comunicación, debido a la falta de dispositivos y de acceso a la conectividad.

Esta última dificultad se puso en evidencia con más fuerza en el contexto de la pandemia por el COVID- 19,  evidenciando el gran impacto que esto tiene en las familias y en las organizaciones. La brecha digital multiplicó nuevas brechas que profundizaron el aislamiento y afectaron también el derecho a la educación y al trabajo de mujeres, hombres y jóvenes.

Al suspenderse las reuniones presenciales territoriales, la Fundación tuvo que diseñar nuevas estrategias que mejoraran las posibilidades de conectividad y de relacionamiento virtual, para poder continuar con los talleres de capacitación y con las reuniones que se venían desarrollando en el marco de los diferentes proyectos provinciales y regionales.

Así, por ejemplo, para continuar con el Programa de Pasantías de Saberes por los Semiáridos de América Latina -que se impulsa desde la Plataforma Semiáridos, dirigido a jóvenes del Chaco Trinacional, el Corredor Centroamericano y el Semiárido brasileño- se puso en marcha un acuerdo de cooperación técnica entre el Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), el Fondo Internacional de Desarrollo Agrícola (FIDA), Programa SEMEAR Internacional y FUNDAPAZ, que permitió a un grupo de ocho jóvenes de la Argentina, Bolivia y Paraguay, tener o mejorar la conectividad en las zonas donde viven mediante la compra de dispositivos de telefonía celular, equipos de enlace wifi, o instalaciones de antenas para tener enlace wifi rural. Esto hizo posible que los jóvenes potenciaran su participación en dicho programa.

 

Noelia Anrique, vive en el paraje Los Socavones, al norte de Córdoba. Es una de las jóvenes que participa del Programa de Pasantías. “Desde que tenemos conectividad en nuestro lugar pude participar de reuniones y capacitaciones virtuales, que fortalecieron mis conocimientos. Además para postularnos para las pasantías en otros países teníamos que hacer un video donde nos presentábamos y describíamos nuestras actividades en el territorio, todo eso lo teníamos que mandar usando Internet. Hoy para todo es fundamental contar con conectividad”, destacó.

Ese acuerdo de cooperación técnica requirió del la articulación de diferentes instituciones y actores como la Junta Unida de Misiones (JUM), de Chaco; la intendencia local y la Fundación Plurales de Córdoba; Fundación Hugo de Paraguay; y CERDET de Bolivia. Juntos desarrollaron un plan de trabajo y ejecución de fondos.

 

Por otra parte, en el marco del Programa de formación integral para jóvenes “Raíces Chaqueñas”, que cuenta con el apoyo de Church World Service (CWS), y en el que participan jóvenes de la Argentina y Bolivia, se brindaron equipos de telefonía y de acceso a la conectividad para que los jóvenes pudieran estar presentes de manera virtual en las diferentes instancias de capacitación e intercambio. Néstor Montes, de la comunidad wichí Lote 8 de Los Blancos, norte de Salta, explica que en la zona es difícil tener señal estable para poder comunicarse. “En la escuela o en el centro de salud, la señal de wifi no tiene el alcance suficiente, y en el hospital cabecera la señal tiene una contraseña y no se la comparte. Hay alrededor de 100 familias que no acceden a este servicio, por eso estamos viendo de instalar una torre a 20 km de Los Blancos para distribuir la señal. Acá hay cinco jóvenes que están participando de Raíces Chaqueñas y para poder conectarse a las reuniones tienen que pedir datos móviles”, relató.

 

Otro ejemplo, es el caso del Proyecto Comunidad Conectada, que coordina la UOCB, la Parroquia de Fortín Olmos, el senador departamental y la Comuna de Fortín Olmos, en el norte de Santa Fe. Allí varios actores articulan esfuerzos y recursos para garantizar el acceso a la conectividad mediante la instalación de una estación de emisión y recepción de señal de Internet. El sistema de distribución de la señal, que tiene un alcance superior a 5 km a la redonda para enlaces domiciliarios, llegará a 15 usuarios en una primera etapa y luego se estima que beneficiará a 50 familias. Isabel y Miriam Escobedo, y Lara Figueredo que viven en Fortín Charrúa coinciden en destacar que con el acceso a Internet mejoraron el manejo de muchos temas que tienen que ver con la educación.  “Podemos buscar información en general, ayudar a los chicos con las tareas de la escuela y participar en las clases virtuales de las carreras que estamos cursando”.

 

Así, con estas iniciativas en las que varias instituciones, organizaciones y actores locales suman esfuerzos se busca poder hacer realidad el derecho a la comunicación, a la educación y al trabajo en las zonas rurales.