09/11/2020

Notícia via Slow Food (Site Terra Madre Brasil)

Diferentes pontos de atuação junto à agricultura familiar formam um elo rumo ao evento em defesa dos alimentos bons, limpos e justos para todos . O Slow Food Brasil acredita, assim, na força do trabalho coletivo. Juntos, é possível alcançar mais pessoas dos cinco cantos do País, propagando a luta pelo direito universal a alimentos bons, limpos e justos. Para que o Terra Madre Brasil 2020 se tornasse realidade, foi preciso contar com a colaboração de diversos parceiros e apoiadores.

Um dos grandes incentivadores do evento, o Instituto Ibirapitanga carrega o DNA brasileiro em sua nomenclatura. Em tupi-guarani, ybirá significa árvore, e pitanga, vermelho. A referência é à árvore Pau-Brasil, de cor intensa e com grande importância para a história do país. O instituto luta em defesa da democracia e defesa das liberdades, com foco em dois eixos temáticos: sistemas alimentares e equidade racial. O programa Sistemas Alimentares aborda questões que vão ao encontro do que o Slow Food defende como a restrição no uso de agrotóxicos, a redução de consumo de produtos ultraprocessados e a ampliação de alimentos de base ecológica.

O apoio à agricultura familiar é pilar fundamental para os apoiadores de nosso evento. Por isso, o Programa Semear Internacional faz parte deste grupo que atua na preservação do meio ambiente, impactando diretamente na garantia da segurança alimentar de milhares de famílias, com valorização de produtos regionais e de produção local.

“O intercâmbio entre produtores e produtoras de diferentes regiões proporciona uma intensa troca de informações. Acreditamos que o Terra Madre é uma grande oportunidade para alcançar um número expressivo de produtores, consumidores, gestores e técnicos”, ressalta Fabiana Dumont Viterbo, coordenadora do Programa Semear Internacional.

Entre os agricultores familiares existem grupos identitários com forte expressão cultural. As comunidades tradicionais também marcam presença no Terra Madre Brasil 2020. Muitas delas estão conectadas ao Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), um dos grandes atuantes na valorização de diálogos e ações que assegurem o protagonismo comunitário em sintonia com o enfrentamento das desigualdades sociais.

“Faz parte da nossa estratégia discutir políticas públicas que afetam povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. Entendemos que o Terra Madre Brasil é um espaço importante, onde o setor privado e o público se encontram para discutir ações positivas e trocar experiências”, ressalta Rodrigo Noleto, coordenador do Programa Amazônia, do ISPN.

O desenvolvimento socioambiental do país está interligado com o acesso da população aos alimentos livres de agrotóxicos. A fazenda Sta. Julieta Bio, em Santa Cruz da Conceição, São Paulo, está entre os parceiros do Terra Madre Brasil que compartilham um dos pilares do movimento Slow Food, dedicando-se à produção de alimentos agroecológicos e valorizando a biodiversidade local.

Para Rafael Coimbra, idealizador da Sta. Julieta Bio, o trabalho da fazenda visa “democratizar o acesso a alimentos orgânicos e promover a biodiversidade. Por isso, a identificação com o movimento Slow Food. Temos o prazer de incentivar e apoiar projetos e trabalhos que incentivam a cultura alimentar, a justiça social e a sustentabilidade”.

Pensando no grande elo que une todas essas instituições, a Associação Slow Food do Brasil agradece a todos aqueles que acreditaram desde o começo nesse encontro e que fazem a diferença cotidianamente para o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa brasileira. Para a associação, será um grande desafio realizar um encontro onde as interações pessoais físicas são limitadas, por uma questão de pandemia, mas espera-se poder amplificar mensagens e capilarizar ações que, junto aos apoiadores e parceiros, são realizadas diariamente nos diversos territórios.